GENOTIPAGEM DO GENE ECA

O polimorfismo D/I do gene da enzima conversora de angiotensina (ECA) se caracteriza pela presença de um fragmento com cerca de 287pb na variante de inserção (I) e ausência na variante de deleção (D), resultando em três possíveis genótipos: DD, DI e II. Indicações: Ainda não existe consenso sobre a indicação absoluta deste exame. Tem sido utilizado em síndromes associadas a alterações do sistema renina-angiotensina-aldosterona. O polimorfismo da ECA influencia na sua concentração sérica, sendo mais elevada em indivíduos que apresentam o genótipo DD e mais baixa nos que possuem genótipo II. Os indivíduos com genótipo DI apresentam níveis intermediários. Interpretação clínica: As doenças cardiovasculares representam o maior problema de saude pública no Brasil por serem responsáveis por cerca de 40% das mortes nas grandes cidades brasileiras. Dentre elas, o acidente vascular cerebral (AVC) e o infarto do miocárdio são as mais relevantes. Estudos epidemiológicos têm mostrado que os níveis de pressão sanguínea são determinados por predisposição genética e fatores ambientais. Nesse sentido, a interferência terapêutica tem benefício comprovado na hipertensão, de forma que os genes envolvidos no sistema cardiovasculatório sejam os melhores candidatos a investigação. Dentre os genes estudados, está o gene da enzima conversora de angiotensina (ECA I) que controla a concentração de enzima conversora no plasma. Soubrier e cols. observaram em um número grande de indivíduos, diferenças marcantes nos níveis plasmáticos desta enzima sendo essa variabilidade resultado de um defeito genético. Essa associação foi correlacionada com a presença de um polimorfismo genético relativo a uma inserção de 287 pares de bases de uma sequencia Alu, caracterizando dois alelos: o D, que corresponde a ausência de inserção e o I, a presença de Inserção. Dessa forma, indivíduos que apresentam o genótipo DD (que não possui a inserção) possuem aproximadamente o dobro da concentração de ECA circulante em relação aos genótipos II (presença de inserção). O genótipo DI apresenta níveis intermediários de ECA I. Em 1992, Cambiem e cols. demonstraram que o genótipo DD está associado a alta incidência de infarto de miocárdio, o genótipo DI apresenta risco intermediário e o genotipo II apresenta o menor risco. O genótipo DD está associado também a um risco maior de doenças coronarianas. Pacientes diabéticos com genótipo DD tem um risco maior de evoluir com insuficiência renal e são mais resistentes aos inibidores da ECA como Captopril e Enalapril.

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